quarta-feira, 28 de março de 2012

As Relações Actuais

Por muito irritantes, estúpidas, desnecessárias, falsas e entre os mais variados defeitos que estas possam ter, escrever sobre relações, tem sempre pano para mangas... Por muito que nós desejássemos, são raras as vezes em que elas são felizes, bonitas e lineares como nos filmes da Disney.
Esta abordagem advém das observações que tenho vindo a fazer das relações dos meus amigos e amigas, as suas experiências e angustias.
Típico dos típicos: é muito mais fácil sentirmo-nos atraídos pelas pessoas mais desejadas e, de certa forma, pelas mais "comilonas"... Se por acaso sonhamos em ter ao nosso lado alguém que nos mime, as comilonas e os comilões não são, de todo, as pessoas certas...
No entanto, as coisas têm vindo a mudar desd'as épocas passadas. Hoje em dia, o romantismo é vivido meramente no presente. Vamos ser felizes, aqui e agora; amanhã não sabemos o que se vai passar... Hoje em dia temos muito mais possibilidades de escolha, sem quaisquer tipos de preconceito: podemos namorar ou não, viver sozinhos ou não; a sociedade aprova esses comportamentos (ainda que as nossas avós nos estejam constantemente  a perguntar pelas nossas namoradas ou namorados).
Na maioria dos casos, sempre que nos apaixonamos temos a tendência de nos tornarmos estupidamente românticos... é muitas vezes nesta fase em que nos apaixonamos por aquilo que imaginamos do que, propriamente, por uma pessoa real.
Hoje em dia, a primeira qualidade (ou não) que tentamos aprender de alguém que vemos de relance já nem é o facto de ser bonita ou feia, interessante ou desinteressante... chega mesmo a ser, meramente uma questão de disponibilidade: "Será que namora? Até pode estar solteira... E se for lésbica?!?!". Claro que nem sempre a questão da disponibilidade nos importa, mas antes de nos atirarmos de cabeça convém saber se teremos, ou não, hipótese.
Chega a ser desesperante encontrar alguém com qualidades!!!
Ao-fim-ao-cabo acabamos sempre por ter uma atracção pelo abismo (e daí... talvez mais elas que eles... toda agente conhece a celebre expressão das novelas brasileiras "Mulhe gosta é dji Cafajestji")... Gostamos sempre daquelas pessoas que podem ter QUALQUER UM, SEJA QUAL FOR, basta estalar os dedinhos, ainda que nem sempre trate bem os pretendentes. Parece que temos vontade de provar a essa pessoa que somos nós os mais giros e é connosco que ela deve ficar (tudo uma ilusão...).
No inicio de uma relação é tudo muito bonito, fácil e divertido, mas passado algum tempo acabamos sempre por pensar: "E se fosse mais do que isto?!".
Mais um aspecto observado é que as mulheres saem muito mais facilmente de uma relação que os homens (ainda que quando o fazem, é quase sempre devido à existência de outro). Os homens têm mais dificuldade em mudar de vida, têm um caso mas não precisam de romance a dois, são mais encontros pontuais... Já as mulheres começam logo a fantasiar.
Ainda assim (e é mal geral!!) as pessoas, em vez de se preocuparem com a relaçõe que têm e "cultiva-la", olham logo para o lado e preferem os benefícios imediatos. Afinal, às pequenas adrenalinas ninguém resiste e conquistar uma pessoa nova é mais giro do que dar atenção à que já está conquistada.
Então, afinal, qual é a formula do sucesso para uma relação? Essa eu não sei... até porque não tenho nenhuma... Mas gostava imenso de a descobrir, aposto que nunca mais ia precisar de jogar no euromilhões... Acho que ajuda muito não darmos as coisas como garantidas, apimenta-las de vez em quando...
Acho que a ultima coisa que queremos quando estamos numa relação, é ter um ataque cardíaco a cada momento: "Porque é que não me liga?", "Vai mandar um SMS?", "NÃO ESTA NO FACEBOOK!!! ONDE ANDARÁ???". Ninguém aguenta! As pessoas têm outras coisas, que são mais importantes, para fazer na vida.
É por todas estas complicações que acho que mais vale ficarmos sozinhos e preocuparmo-nos mais connosco. Estas coisas envelhecem-nos e não são nada saudáveis. E o pior é que há sempre alguém que acaba por ficar magoado...

XX,
JB

5 comentários:

Anónimo disse...

Tal como disseste este tema tem muito que se lhe diga. Realmente o que se pergunta é "será que namora?" mas, eu falo por mim, se eu estiver interessada em alguém e estiver ainda a conhecer esse alguém há-de sempre surgir a pergunta "então e namoras?" ou então nem surge porque se percebe que esse alguém está disponível. E então eu passo para aquela fase de perceber se é realmente alguém interessante e que merece o meu coração.
Gostei do teu blog. estou a seguir*

Anónimo disse...

Não percebi... a tua mãe obrigou-te a que mesmo? x)

Anónimo disse...

Ah, já percebi!
A tua mãe sabe que tens um blog?

J B disse...

A aceitar os comentários! lol

Anónimo disse...

Eu cá acho que fizeste bem em seguir o que tua mãe te disse para fazeres :p